QUEM SOMOS

A Igreja Adventista da Promessa nasceu em 24 de janeiro de 1932, na pequena cidade de Paulista (PE). Foi ali que nosso pioneiro, pr. João Augusto da Silveira, recebeu o batismo no Espírito Santo, o que mudou definitivamente sua vida.

“Após a refeição vespertina, ele toma de sua Bíblia e passa a recapitular as passagens referentes à Promessa do derramamento do Espírito Santo, no livro de Atos dos Apóstolos”. (LivroMarcos que Pontilham o Caminho).

Palavras do Pr. João Augusto: “Como em ocasiões anteriores, senti, também, minha alma feliz. Perguntei a Deus, dentro de mim mesmo: por que experiência tão gloriosa, que a Igreja de Jesus Cristo nos primeiros dias recebeu, cuja promessa não tem limite de tempo, lugar e pessoas, não era recebida, agora, pela Igreja cristã hodierna? Não obstante ser dito que a bênção de Abraão seria extensiva aos gentios por Jesus Cristo e para que, pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito? (Gl 3:14).

Nesse momento algo de sobrenatural me impulsionou a entrar no meu aposento. O que fiz e ali, ajoelhado, perto de minha cama com as mãos e olhos erguidos aos céus, pedi a Deus, como quem conversava com a maior confiança de um filho a seu pai, que reciprocamente se estimam, que alegrasse minha alma e não me deixasse ser surpreendido pela morte em circunstâncias espirituais tão incertas. Ah! como a história se repete. Não pedi para ser batizado com o Espírito Santo, mas Aquele que prometeu o Consolador aos seus discípulos e o deu lá no Cenáculo e, posteriormente, à sua Igreja, respondeu à minha oração. Em línguas estranhas e glorificações ao Pai e ao Cordeiro Exaltado, o Espírito Santo completou em meu ser a obra excelsa da Trindade.” (episódio relatado no livro Marcos que Pontilham o Caminho, obra que conta a história da IAP).

Assim nascia a primeira igreja pentecostal genuinamente brasileira, uma vez que as outras denominações pentecostais que já existiam no Brasil, nesse período, eram provenientes de outros países.

A Igreja Adventista da Promessa é o resultado de uma oração feita com fé. A IAP baseia-se nas doutrinas bíblicas que considera fundamentais para satisfazer as exigências divinas de restauração do ser humano. É uma Igreja que crê, que recebe e que depende do poder do Espírito Santo.

MISSÃO E VISÃO

Missão: Nossa missão é adorar a Deus, proclamar a Jesus Cristo e fazer discípulos no poder do Espírito Santo.

Visão: Cada promessista sendo missionário no poder do Espírito Santo.

Hoje, estamos em 18 países e totalizamos cerca de 80 mil membros. Nossa atuação se dá por meio de diferentes ministérios: Ensino, Junta de Missões, Música e Adoração, Mulheres, Jovens, Crianças e Adolescentes e Vida Pastoral. (registro até o ano de 2023)

NO QUE CREMOS

Bíblia Sagrada: Cremos na Bíblia Sagrada; cremos que é a palavra de Deus, inteiramente inspirada pelo Espírito Santo, sendo, por isso, inteiramente confiável e suficiente para nos encaminhar à salvação e nos conduzir ao crescimento na santificação e no conhecimento de Deus e de sua vontade. Referências bíblicas: Sl 19:7-8, 119:142, 160; Dn 4:2; Mt 5:17-20; 2 Tm 3:16; 2 Pe 1:12a.

A triunidade divina: Cremos e adoramos um único Deus, que existe em três pessoas distintas entre si: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Referências bíblicas ao Pai: Dt 32:6; 2 Sm 7:14; Sl 68:8, 89:26; Is 63:16, 64:8; Jr 3:4, 19; Ml 1:6, 2:10; Mt 5:16, 6:9, 26:53; Jo 6:27; At 1:4; Rm 1:7; 2 Co 1:2; Gl 1:3; Ef 4:6, 6:23; 1 Pd 1:2-3, etc. Referências bíblicas ao Filho: João 1:1, 8:58, 17:5, 20:28; Rm 9:5; Fp 2:5-6; Cl 1:17; Tt 2:13; Hb 13:8; 2 Pd 1:1; 1 Jo 1:1, etc. Referências bíblicas ao Espírito Santo: Gn 1:2; Mt 1:20; Lc 12:12; Jo 3:5-7, 16:8; At 1:8, 5:3-4, 8:29, 13:2; 1 Co 2:10-11, 3:16, 12:11; Ef 4:30.

A criação do mundo: Cremos que Deus criou o mundo pela sua palavra e para a sua glória. Cremos que, além de criador, ele é o sustentador do universo e se revela através da criação, sem se confundir com ela, bem como se revela através da Palavra e do Filho. Referências bíblicas: Gn 1-2; Sl 19:1-4, 146-150; Jó 38-39; Rm 1:20; Cl 1:17; Hb 1:1, 11:3..

Origem, queda e restauração do ser humano: Cremos em três aspectos da doutrina do ser humano: sua origem, sua queda e sua restauração. De acordo com as Escrituras, o ser humano, homem e mulher, é produto da criação de Deus. Ao ser criado, saiu das mãos de Deus puro, santo e destinado a viver para sempre. E assim teria sido, se não tivesse desobedecido à ordem divina. Agora, na condição de pecador, necessitaria de alguém que o redimisse dos seus pecados. Remir e salvar os que, pelo pecado, se afastaram de Deus, foi a missão de Jesus Cristo na terra. E isto foi feito cabalmente. Referências bíblicas: Lc 19:10; Jo 17:4; At 17:26; Gn 3; Ef 2:7-9).

Jesus Cristo: salvador e mediador da humanidade: Cremos que Jesus Cristo, plenamente divino e plenamente humano, foi o único capaz de quitar a dívida dos seres humanos para com Deus, reconciliá-los com este e livrar da morte eterna todos que crerem em seu nome e o confessarem como Senhor e Salvador. Cremos que só através do sacrifício de Cristo, na cruz do Calvário, o ser humano alcança a redenção: é declarado livre de toda culpa e é feito filho de Deus. Jesus Cristo é o único Salvador, porque, sendo inocente, morreu em lugar dos pecadores condenados à morte, para dar-lhes o direito à vida; é também o único mediador, porque reconciliou a humanidade e toda criação com Deus, e intercede pelos pecadores junto ao Pai. Referências bíblicas: At 4:12; Rm 3:10-18, 5:8-10, 6:23; 2 Co 5:18-21; Fp 2:5-11; Cl 2:7-11; 1 Tm 2:5-6.

Regeneração e conversão: Cremos que, por um ato de misericórdia, Deus dá nova vida àqueles que estão mortos espiritualmente. Isso é o que chamamos de regeneração ou novo nascimento. Uma obra totalmente executada pelo Espírito, diante de nossa decisão de render-se à proposta divina de abandonar o pecado em arrependimento e voltar-se para Cristo em fé. Isso é o que chamamos de conversão. Referências bíblicas: Mt 18:3; Mc 1:14; Jo 3:1-21, 16:8-11; Rm 10:17; 2 Co 5:17, 7:9-10, 12:3; Ef 2:1; 1 Pe 1:23.

Justificação e adoção: Nós cremos na justificação, o ato unilateral de Deus declarar que, aos seus olhos, os pecadores são justos, por causa do sacrifício de Jesus. Quando o recebemos como Senhor e Salvador da nossa vida, Deus nos perdoa e somos declarados justos. Cremos também que, além de nos justificar, Deus nos adota como seus filhos, membros de sua família. Isso se chama adoção. Referências bíblicas: Jo 1:12; 2 Co 5:21; Rm 6:23, 8:13-16; Ef 1:5, 2:1,3, 2:19; Hb 9:22.

Abstinência e temperança: Nós cremos na abstinência. Entendemos, pela Bíblia, que o Deus Santo soberanamente classificou, caracterizou e denominou os animais que poderiam ser usados como alimento pelo seu povo. Entendemos, ainda, que a doutrina bíblica da abstinência, também associada à santidade, continua válida para nós, que vivemos neste século, e para todos que viverão nos séculos seguintes. Também cremos que devemos demonstrar temperança, isto é, moderação no consumo dos alimentos. Mas entendemos também que, no sentido espiritual, ser temperante ou ter domínio próprio significa conduzir-se com moderação e exercer o autocontrole em todos os aspectos da vida, não apenas em questões ligadas ao consumo de alimentos. Temperança ou domínio próprio é um dos nove aspectos do fruto que o Espírito Santo produz em nós, quando andamos debaixo da sua direção (Gl 5:16, 22-23a). Referências bíblicas: Gn 1:20-29, 2:16-17, 3:1-6, 6:5-7,18-20, 7:2-7, 9:3; Lv 11; Dt 14:1-3; Pv 23:1-2, 25:16; Mt 13:48; At 10:14, 11:8, 24:25; Gl 5:22; 1 Tm 4:3; 1 Pd 1:5; 2 Pd 1:1,6, 5-8 ; Ap 18:2.

A oração e sua eficácia: Cremos que a oração é um aspecto fundamental no exercício da vida cristã. A eficácia da oração nos é garantida por Jesus: Por isso vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis (Mc 11:24). Todavia, entendemos que a oração não tem poder em si mesma: sua eficiência depende, exclusivamente, do poder divino. É Deus quem efetua, por sua vontade, tanto o querer como o realizar (Fp 2:13). Referências bíblicas: 1 Rs 8:30; 2 Cr 7:14; Jó 22:27; Sl 66:18; Is 12:1; Jr 29:12; Mt 6:9-13, 19:26; Mc 11:24; At 8:15, 14:8-11; Fp 2:13, 4:6-7; Tg 4:3.

A cura divina: Nós cremos que Deus pode curar todos os tipos de enfermidades. Contudo, cremos que, ao curar alguém, Deus sempre tem um propósito. A cura pode ser efetuada para a manifestação das obras de Deus (Jo 9:3), o cumprimento da palavra e da vontade dele (Mt 8:16,17; Mc 3:1-5) e o testemunho do poder do Senhor (Mc 5:19). Referências bíblicas: Nm 12:12-15; 2 Sm 24:25; 2 Rs 5:1-15 20:1-11; Jó 42:10-13; Sl 103:3; Mt 8:3,16-17, 9:35; Mc 1:31, 3:1-5, 5:19; Lc 7:21; Jo 9:3; At 3:7, 5:16, 9:34, 14:10.

A lei dos dez mandamentos e sua vigência: Cremos que a validade dos dez mandamentos é contínua e a sua aplicação é universal. Eles valem para todos os tempos e devem ser pessoalmente obedecidos por todos que são justificados gratuitamente, mediante a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Entendemos que os salvos são capacitados por Deus para a obediência e que, portanto, esta é o fruto da salvação efetuada por Deus naqueles que creem em Jesus. Referências bíblicas: Êx 20, 31:18, 34:28; Dt 4:1,13, 5:33, 8:1, 10:4; Mt 19:16; Jo 12:50; Rm 1:5, 7:10.

O verdadeiro dia de descanso: Cremos que Deus santificou o sétimo dia, o sábado, estabelecendo com ele uma relação especial. Por ter sido instituído no Éden e entregue, primeiramente, a Adão e Eva, o verdadeiro dia de descanso foi entregue por Deus a toda a humanidade e continua válido, uma vez que não foi revogado por Cristo. Nesse dia santo, não devemos cuidar dos nossos próprios negócios e interesses, mas, sim, aprofundar nossa comunhão com Deus e com nossos irmãos. Referências bíblicas: Gn 2:1-3; Êx 20:8-10; Dt 5:12; Ne 9:14; Is 58:13-14; Mc 2:27-28.

A distinção das leis: Além das leis morais, reveladas nos dez mandamentos, duas outras foram formalmente instituídas por Deus, no monte Sinai: as leis rituais e as civis. As leis rituais ou cerimoniais diziam como as cerimônias e os sacrifícios deveriam ser preparados e apresentados ao Senhor; as civis, por sua vez, diziam quais eram os direitos e os deveres dos israelitas. Estas duas leis também provêm de Deus, mas se distinguem das morais, principalmente, no que diz respeito ao período de vigência e ao público a que se destinam: foram suspensas por Cristo e destinavam-se apenas ao povo de Israel. Cremos, portanto, que a lei que permanece vigente para a nossa e para todas as épocas é a lei moral de Deus. Referências bíblicas: Êx 21:14-19; Hb 9:1-10, 10:1-14.

A manutenção da obra: dízimos e ofertas: Cremos que existem duas práticas bíblicas estabelecidas por Deus como meio de manutenção de sua obra aqui na terra: os dízimos e as ofertas. São esses subsídios que têm permitido à igreja cumprir sua missão no mundo. Entretanto, dízimos e ofertas não são compromissos que temos com a igreja, mas, sim, com o Senhor. O dízimo não deve ser encarado como uma doação à igreja, mas como um ato de adoração e gratidão por tudo que Deus nos concede.Não é opcional: é um dever de todo crente. As ofertas, por sua vez, são sempre voluntárias. No Novo Testamento, o ato de contribuir é considerado um privilégio que Deus nos concede. Os dízimos e as ofertas são, igualmente, atos de gratidão ao Senhor. Referências bíblicas: Gn 14:20, 28:20-22; Dt 16:17; Ne 12:44; Pv 3:9-10; Lv 27:31; Ml 3:8-12; Mt 23:23; 2 Co 8:4-11, 9:5-7; Hb 7:8.

Submissão às autoridades e liberdade de consciência: Com base na palavra de Deus, acreditamos que todo cristão deve obedecer e se submeter às autoridades governamentais e às leis do país em que vive; deve orar pelos líderes da nação e pelo bem-estar do povo; ser bom cidadão que exerce seus direitos e cumpre seus deveres na sociedade em que vive. Esse mesmo princípio bíblico de submissão e obediência aplica-se também às autoridades eclesiásticas: os líderes e consagrados da igreja de Cristo, especialmente os pastores. Contudo, nenhuma dessas autoridades é absoluta e inquestionável. Se as autoridades deixam de cumprir o que Deus lhes designou, exigindo o que Deus proíbe ou proibindo o que Deus ordena, então, nosso dever é resistir e não nos sujeitar. A isso, damos o nome de “liberdade de consciência”. Referências bíblicas: Dn 4 e 6; Mt 22:21; At 5:29; Rm 13:1,6-7; 1 Ts 5:12-13; 1 Tm 2:1-2; Tt 3:1; Hb 13:17; 1 Pd 2:17.

O casamento, o lar e a família: Nós cremos na importância da família. Entendemos que é impossível existir sociedade justa e igrejas fortes sem famílias estruturadas. Segundo a Bíblia, o casamento foi ideia de Deus (Gn 2:18-24). Por isso, é o único meio legítimo de se construir um lar. No conceito bíblico, casamento é a união de duas pessoas de sexos diferentes, que se comprometem, diante da lei, a viverem juntas, uma para a outra, na condição de marido e mulher, até que a morte os separe. Em Gênesis 2: 24, descobrimos que o casamento idealizado por Deus é heterossexual, monogâmico, exclusivo, indissolúvel, público e físico. Referências bíblicas: Gn 2:18-24; 1 Co 7:1-6,10-17; Ef 5:22-32, 6:1-4.

A igreja de Cristo: Nós cremos na igreja. As Escrituras a chamam de corpo de Cristo (1 Co 11:3; Ef 5:23), lavoura (1 Co 3:6-9), edifício (1 Co 3:10-13), noiva (Ap 19:7-8), família (Ef 3:14-15), templo (2 Co 6:16). A igreja é a comunidade dos santos, a reunião do povo de Deus e o próprio povo de Deus. É o conjunto dos verdadeiros cristãos de todos os tempos; os que se arrependeram e foram perdoados, justificados e adotados mediante a fé em Jesus. Reúne pessoas de todas as raças, de todas as distâncias, de todas as nacionalidades, de todas as culturas, de todos os gostos e propensões, de todas as camadas da sociedade, de todos os temperamentos. Cremos que Jesus é o proprietário da igreja e que, portanto, não podemos associá-la ao nome de uma pessoa humana, por mais célebre que seja esta pessoa. Jesus é a cabeça da igreja. Somente ele deve ser honrado pelo que fez e continua a fazer por ela e através dela. Além de ser o proprietário, Jesus também é o protetor da igreja. Por isso, ela é forte, não em si mesma, mas em Cristo. Referências bíblicas: Mt 16:18; 1 Co 3:6-13, 11:3; 2 Co 6:16; Ef 3:14-15, 5:23; Fp 3:20; Hb 13:14; Ap 19:7-8.

A mortalidade da alma: Nós cremos na mortalidade da alma. Entendemos que é claro o ensino bíblico de que o ser humano não tem uma alma, mas é uma alma. A Bíblia enxerga o ser humano em sua totalidade, sendo que, quando ele morre, vai à sepultura em sua totalidade (Jó 33:14, 18; Ec 9:5, 10; Sl 146:4). Isso significa que não existe vida humana extracorpórea. Jesus disse que é dos sepulcros que os mortos ressurgirão (Jo 5:28). Sendo assim, depois da morte, não existe segunda chance: ou iremos ressuscitar para vida eterna, ou iremos ressuscitar para a morte eterna (Dn 12:2). Referências bíblicas: Gn 2:7,16-17, 3:19; Jó 33:14,18; Sl 104:29, 146:4; Pv 19:16; Ec 9:5,10, 12:7; Ez 18:4,20, 33:9; Dn 12:2; Jo 5:28; 1 Co 15:51-52; Tg 2:26.

Os dias da crucificação e da ressurreição de Jesus: Nós cremos que Jesus foi crucificado no dia 14 de abibe, numa quarta-feira, sepultado ao pôr-do-sol deste mesmo dia e ressuscitado no dia 17 de abibe, no sábado, momentos antes do pôr-do-sol. É muito claro pela leitura dos evangelhos que Jesus foi traído e preso na mesma noite em que ceou com seus discípulos. O evangelho de João diz sobre essa noite: Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa (13:1 – NTLH). Nessa noite, Jesus foi traído, preso e julgado pelo Sinédrio (cf. Mt 26:47-75; Mc 14:43-72; Lc 22:47-71; Jo 18:1-27), e, ao amanhecer, levado diante de Pilatos para também ser julgado (cf. Mc 15:1-15; Lc 23:1-25; Jo 18:28-19:16). Cristo esteve morto por três dias e três noites inteiras. No final do sábado, quando as mulheres foram ao sepulcro de Jesus, ele já havia ressuscitado (Mt 28:1,6). E, se ele ressuscitou no sábado, momentos antes do pôr-do-sol, para ter ficado três dias e três noites no coração da terra, temos de concordar que ele foi colocado no túmulo em uma quarta-feira, momentos antes do pôr-do-sol. Referências bíblicas: Mt 26:47-75, 28:1, 6; Mc 14:43-72, 15:1-15; Lc 22:47-71, 23:1-25; Jo 13:1, 18:1-28, 19:16.

A segunda vinda de Cristo: Nós cremos na segunda vinda de Cristo. Cremos que esse evento será literal (At 1:10, 11), pessoal (Jo 14:3; 1Ts 4:16a), visível (Mt 24:30a; Ap 1:7), glorioso (Mt 16:27; 24:30b; Cl 3:4) e súbito (Mt 24:44). Entendemos que a data da volta de Cristo já está certa, mas Deus não a revelou em sua palavra. Jesus deixou claro que apenas o Pai sabe o tempo exato desse evento. Disse, ainda, que não nos compete saber esta data, que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade (At 1:7). Referências bíblicas: Is 25:9; Dn 7:13; Zc 14:5; Ml 3:2-3; Mt 16:27, 24:3,17,30,37,39,42,44; Mc 13:26; Lc 21:27; Jo 14:3; At 1:10-11; 1 Co 1:7; Cl 3:4; 1 Ts 2:19, 4:15,16; 2 Ts 1:7, 10; Tt 2:13; Tg 5:7-8; 1 Pd 1:7; 2 Pd 1:16, 3:4, 12; 1 Jo 2:28; Jd 14; Ap 1:7.

As ressurreições dos mortos: Nós cremos em duas ressurreições: a dos justos e a dos injustos (Dn 12:2; Jo 5:28-29). Essas duas ressurreições distinguem-se também quanto ao tempo e aos propósitos. Cada uma ocorrerá no seu próprio tempo. A primeira marcará o início da bem-aventurança para os salvos. A segunda, por sua vez, marcará o início da desventura para os não-salvos. A Escritura afirma que há uma ordem: os que são de Cristo, ressuscitarão por ocasião da sua segunda vinda (1 Co 15:33; 1 Ts 4:16), e os que não são de Cristo, mil anos depois da ressurreição dos justos (Ap 20:5). Referências bíblicas: Jó 19:25-27; Sl 16:8-11, 49:14-15, 73:24; Is 26:19; Dn 12:2; Mt 16:21; Mc 10:34; Lc 9:22; Jo 5:28-29, 6:39-40; At 2:24,32; 1 Co 15:3-4,20-24,33-50; 2 Co 5:1-4; 1 Ts 4:13-16; Ap 20:5.

O milênio: Nós cremos que o milênio terá início com a segunda vinda de Cristo e não será na terra, mas no céu. Foi para o céu, o lugar onde Deus está (Mt 6:9), que Jesus prometeu levar seus seguidores. É só a partir da volta de Cristo que os salvos começarão a reinar com ele (Ap 20:6). Primeiramente, durante o milênio, no céu; depois disto, na terra (Ap 21:1-2), onde o próprio Deus morará com os salvos (Ap 21:3). Cremos que, no início do milênio, Satanás será aprisionado e assim ficará, durante todo esse tempo (Ap 20:1-2). Ele estará circunstancialmente impedido de executar seus maldosos planos, porque, depois da volta do Senhor, a terra estará desolada e completamente vazia (Is 24:1). Após o retorno de Cristo, os salvos estarão com o Senhor, no céu; os não-salvos mortos não ressuscitarão (Ap 20:5), e os não-salvos vivos morrerão (Jr 25:33). Mil anos no céu é o tempo de paz e de descanso que Deus reservou para aqueles que aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e a ele permaneceram leais até ao fim. E este é apenas o começo da eternidade. Referências bíblicas: Is 24:1; Jr 25:33; Mt 6:9; Jo 14:1-3; 1 Co 15:33; 1 Ts 4:17; Ap 20:4-6, 21:1-3.

O juízo final: Cremos que, de acordo com a Bíblia, o juízo ocorre logo depois da morte física da pessoa: E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo (Hb 9:27). Tão logo morre, a pessoa já é, de imediato, julgada inocente ou culpada pelo justo Juiz. Se morreu com Cristo, a coroa da justiça lhe está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, lhe dará naquele dia (2 Tm 4:8a). Se ela morreu sem Cristo, está condenada, porque não creu no nome do único Filho de Deus (Jo 3:18). Todos conhecerão o resultado concreto desse julgamento permanente e irrevogável, em momentos diferentes: os justos ressuscitados e os transformados, antes do início do milênio, e os ímpios, logo depois do final deste. Após o fim dos mil anos, todos os ímpios serão ressuscitados e postos em pé diante do grande trono branco (Ap 20:12a). Cristo, o Juiz, usará a sua própria palavra para julgá-los (Jo 12:49). Vale a pena frisar que, desse juízo final, farão parte apenas os ímpios, pois, para os que estão em Cristo, não há nenhuma sentença de condenação (Rm 8:1). Além disso, nessa época, estes já terão tomado parte da primeira ressurreição (Jo 5:24) e passado mil anos com o Senhor, nos céus (Ap 20:5b), quando também receberão autoridade de julgar (Ap 20:4). Referências bíblicas: Ec 12:14; Mt 7:24-25; Jo 3:18, 5:24, 12:48-49; Rm 8:1; 2 Tm 4:1,8; Hb 9:27; Ap 20:4-5,12.

A origem e a extinção da maldade: As Escrituras dão como origem do mal a rebelião de um anjo que ocorreu no céu, numa época anterior ao pecado de Adão. Rebelando-se contra Deus, este anjo acabou por influenciar a terça parte dos anjos, com os quais foi expulso do céu por Deus (2 Pd 2:4; Jd 6; Ap 12:7-9), vindo para a terra. Aqui, já no Éden, Satanás enganou o primeiro casal, que também se tornou pecador, bem como toda a sua descendência (Rm 5:12). Estabeleceu-se, assim, o conflito entre o bem e o mal (Gn 3:15). Cremos que, de acordo com a Bíblia, para punir aqueles que pecam, Deus utiliza não a tortura, mas a morte (Lv 10:1-2; At 5:1-10). E isso é assim desde que ocorreu o primeiro pecado. A tortura não combina com a justiça de Deus, um dos seus atributos. Sendo assim, Deus não os atormentará eternamente, mas os aniquilará, isto é, os destruirá totalmente. Isso significa que o mal não é eterno, porque teve princípio; e tudo que tem princípio tem fim. Referências bíblicas: Gn 3; Jó 1:1; Is 14:11-19; Ez 28; Mt 4:1-11, 12:29; Rm 5:12; Ef 6:10-17; 2 Pd 2:4; Jd 6; Ap 12:7-9, 20:2.

A nova terra, o lar dos remidos: Cremos que, após serem aniquilados os que se opõem a Deus, haverá um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passarão (Ap 21:1). Então, a muito antiga promessa divina de renovação do presente sistema de coisas se cumprirá plenamente (2 Pd 3:1-13). Esta terra, que fora amaldiçoada por Deus e sujeita por ele à vaidade (Rm 8:20), no princípio, em razão do pecado do ser humano, agora será renovada e purificada de toda impureza e totalmente redimida do cativeiro da corrupção (Rm 8:21). Os salvos viverão na nova terra, não por algum tempo, mas para sempre, porque esta se tornará a sua eterna morada. Terão perfeita e profunda comunhão com Deus, que vai habitar e comungar com eles continuamente. Por esse tempo, a cidade santa, a nova Jerusalém, já terá descido do céu, da parte de Deus, para se tornar a sede do perfeito governo de Deus, aqui na terra (Ap 21:9-10). Referências bíblicas: Is 59:2; Jo 14:1-3; Rm 8:20-21; 2 Pd 3:1-13; Ap 21, 22:3.